Pronunciamento do líder do Governo Waldemar Borges no encerramento da 4ª Sessão Legislativa da 17ª Legislatura

22.12.2014

Encerramento da 4ª Sessão Legislativa da 17ª Legislatura

Senhor presidente, deputado Guilherme Uchoa, senhores deputados e deputadas aqui presentes e demais autoridades, senhoras e senhores:

Dentro de nove dias estará encerrado o Governo que mudou a nossa realidade econômica, social, cultural e política, elevando o nome de Pernambuco no Brasil e entre representativas instituições do Exterior.

Refiro-me, sabem Vossas Excelências, ao período administrativo de 2007 a 2014, por sete anos e quatro meses liderado pelo Governador Eduardo Campos e em seguida concluído pelo Governador João Lyra Neto. Período que marcará a nossa História porque nele, entre outras importantes conquistas, voltamos a sentir profundo orgulho de ser pernambucanos.

Trabalhadores, empresários, servidores públicos, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário – todos deram sua fundamental contribuição para transformar Pernambuco um lugar melhor para se viver, especialmente para os que nunca tinham sido considerados prioridade pelos serviços públicos.

Líder desse profundo processo de mudanças, afirmou o Governador Eduardo Campos em seu discurso de posse, em 1º de janeiro de 2007: “Vamos construir um tempo novo, no qual os que sempre perderam vão começar a ganhar. Um tempo em que as vítimas não serão mais as culpadas. Um tempo em que a indignação seja a ferramenta para enfrentar a pobreza, a miséria, a violência e a exclusão”.

Eduardo Campos empenhou toda sua determinação para tornar realidade esse compromisso matricial. E como há pouco destacou o Governador eleito Paulo Câmara, “para o eleitor, não há maior demonstração de respeito ao seu voto do que constatar seu candidato, no Poder, cumprir o que prometeu na campanha”.

No entanto, a coerência entre a palavra empenhada e a obra entregue à população não é o único legado que nos deixou Eduardo Campos. Buscou-se em seu Governo, no plano político, com sucesso, a leal convivência democrática entre adversários, respeitada quando estavam em jogo os altos interesses de Pernambuco. E a partir dessa base, o Estado foi impulsionado rumo a um período de desenvolvimento sem precedentes.

Um moderno modelo de gestão, com metas monitoradas com firmeza, tornou-se referência nacional e viabilizou a implantação de programas, como o Pacto Pela Vida, Mãe Coruja e Chapéu de Palha Mulher, premiados pela Organização das Nações Unidas.

A economia de Pernambuco cresceu a taxas superiores às do Nordeste e do País, com a consolidação dos polos industriais na Região Metropolitana do Recife e investimentos privados de R$ 10 bilhões em municípios do interior. O Estado passou a contar com polos industriais petroquímico, naval e automobilístico, para os quais foram qualificados 37 mil trabalhadores.

Na área de segurança, o Pacto Pela Vida possibilitou a redução de 60 por cento na taxa de homicídios no Recife e de 39 por cento na soma das regiões. Na educação, Pernambuco passou a contar com 300 escolas de referência e 27 escolas técnicas estaduais, a maior rede de ensino integral do País. Realização que elevou a educação pública estadual, no ensino médio, à quarta posição no ranking nacional.

Números igualmente relevantes foram alcançados nas áreas de saúde, de transportes e de saneamento. Na saúde, com a redução de 45 por cento na taxa de mortalidade infantil; a contratação de 7 mil novos profissionais e a construção de 5 hospitais regionais, 16 Upas e 15 Upas Especialidade, além da reforma e da ampliação de todas as grandes emergências.

Nos transportes, 2 mil quilômetros de estradas implantadas e restauradas; implantação de corredores metropolitanos exclusivos para ônibus (com a terceira menor tarifa entre as capitais) e a pavimentação dos acessos de todos os municípios pernambucanos às rodovias principais. Na área do saneamento, cabem dois destaques: o fato de 3,5 milhões de pernambucanos terem se livrado do racionamento d’água e o início da implantação do programa que saneará toda a Região Metropolitana e o município de Goiana até o final da década.

Nas áreas esportiva e cultural o Governo Eduardo Campos também deixa importantes legados. Pernambuco sediou dois dos mais importantes eventos esportivos desse século – a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014; reorganizou-se e revitalizou-se a produção artística artesanal, enquanto o Governo, por meio do fomento cultural, transformou-se em parceiro decisivo no salto de quantidade e de qualidade do cinema pernambucano, hoje premiado no Brasil e no Exterior.

Há muito mais a relatar, Senhor Presidente e Senhores Deputados, como o impulso recebido pelo Porto Digital e a política de atração de empreendimentos de todo porte, que resultou no recorde de mais de 560 mil empregos com carteira assinada em oito anos.

No entanto, não são apenas os dados estatísticos que hoje, e no futuro, irão explicar o reconhecimento dos pernambucanos ao sólido e diversificado legado de Eduardo Campos. É mais: o reconhecimento da visão de futuro do Governador, da sua determinação em alcançá-lo e da obra entregue depois da promessa feita. É o reconhecimento da sua defesa da soberania nacional; da justiça social; da coragem de quebrar paradigmas, superar preconceitos e buscar a inovação.

Eduardo Campos nos deixou quando atingia o auge de sua força. Para nós, para os que ficam, cresce o dever de preservar o seu legado político e administrativo. Não tenho dúvidas de que seremos capazes de cumprir esta missão. O que nos articula é o bem de Pernambuco e do Brasil, o mesmo propósito que animou toda a vida de Eduardo Campos. Em nome de seu legado, no momento em que se aproximam tempos difíceis, não devemos nos dispersar. Muito obrigado.

* Pronunciamento do líder do Governo, deputado Waldemar Borges, no encerramento da 4ª Sessão Legislativa da 17ª Legislatura, em 22.12.2014.